inevitavelmente em tempos que não há grande distracção para alem daquela que proporciono, o espaço para divagar e fazer coisas que por vezes, em tempos ditos normais não fazemos, é coisa que não vai faltando. estava mesmo agora a tentar passar o tempo no computador a ver qualquer coisa que me interessasse, nada, na televisão nem vale a pena falar, peguei de novo na minha bíblia privada, "um outro amor", o autor esse é escusado ser apresentado. apesar das leituras imensas que já dei naquilo, hoje foi mais uma, e se de facto há uma discrição aceitável para aquilo que pode ser uma fonte de inspiração, um refugio, um bem maior, é mesmo isso, é leres, veres, ouvires, e veres-te a ti próprio, sentires-te a ti próprio.
surge isto, quando lia mais uma crónica do pacman, intitulada de "dor de corno" - desfaço desde já a ideia que possa ser o meu caso - mas passo a escrever o seguinte excerto: "Só não sente, quem não se sente. (...) Não poderia concordar mais com isto. Não sendo o tema em questão o "clássico dor-de-corno", ou seja, o amor não correspondido, ou desfeito pela outra parte que não a do autor, (...) O que nos bate mais nesse tipo de temas é a separação, e daí ninguém sai ileso."
isto é perfeitamente perfeito, é bom, e reconfortante sabendo que alguém que tanto se admira, pensa da maneira mais idêntica a nós.
já tinha decidido hoje nem sequer escrever, porque não havia assunto relevante que me levasse a isso, mas depois de ler isto, que secalhar, e certamente para grande parte das pessoas não é mais que nada, isto significa muito, porque a pessoa que nunca tenha sofrido por causa de uma separação, essa pessoa que atire a primeira pedra e eu chamo-lhe de mentiroso.
espero que possa, dar um dia destes, um abraço forte a este homem. é o maior!
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