domingo, 18 de outubro de 2009

(abs)olutamente escusado

quando digo que sair na noite de lisboa não me desperta muito a atenção, não tem muito a ver com a noite em si, mas mais pelo que a envolve. graças ao meu historial glorioso no que toca às noites em lisboa, que grande parte das vezes a bem designada chungaria acaba por travar conhecimentos comigo de forma nada amigável, levou-me a ficar com uma má imagem daquilo que é lisboa à noite.

apesar destes últimos anos terem sido lá passados, a noite lá sempre foi algo que receei. mas pronto, como quem não arrisca não petisca, decidi arriscar e lá fui de novo. nada de novo, desta vez não me chatearam a cabeça com os típicos "tens horas que me digas?". confesso que nem estava com grande expectativa nesta noite, nada mesmo, começou-se a rega com uma imperial servida num copo que já era meio caminho andado prá bezana, e depois as filas e filas para entrar na discoteca, segundo eles, algo "absoluto". juro que fiquei um bocado desiludido com o ambiente, figuravam ali três tipos de pessoas, as crianças, as crianças que roubam, e os outros. prefiro incluir-me nos outros, sinceramente, porque, se já tenho idade para responder a tribunal também devo ter para entrar numa discoteca sem problemas, depois havia as crianças que roubam, esses obviamente só queriam o dinheiro das outras crianças para poderem ir até ao técnico cumprimentar as senhoras da noite. perguntei-me a mim mesmo o que e que fazia um carrão parado a entrada com três raparigas, que à distância pareciam umas bonitezas natas, mas ao aproximarem-se estragaram tudo, e se calhar nem passavam dos 15 anos. verdade seja dita que tanta produção valeu-lhes uma noite daquelas, a avaliar pelo ambiente dentro da discoteca e pelas figuras que elas proporcionavam. foi engraçado de se ver, as irmãs (muito) mais novas de alguém no estilo do roça-roça como expressei na altura, em cima da coluna com mais 5 ou 6 amigas. eu não queria dizer isto, mas juro que parecia muito mais que um estabelecimento de diversão nocturna, ou parecia outro tipo de diversão.

e os pais, no tal carrão, mal as meninas entraram, meteram-se a andar, e deixaram-nas por lá, o que vale e que cada uma delas arranjou um rapaz responsável e sério que tomasse conta delas, senão pior seria.

nisto tudo, lembrei-me vezes e vezes duma reportagem engraçada da tvi de há uns meses que falava disto mesmo.

no fim da noite, apesar disso tudo, que aliás nem me importou nada, mesmo nada, a noite valeu, para mim e para elas acho que também.

e melhor de tudo, ninguém roubou ninguém, vá lá...

miguel

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