quinta-feira, 29 de outubro de 2009

mentes sonhadoras

acontece por vezes, a todas a gente, de certeza absoluta.

que tal adormecer, no descanso profundo e quando dás por ti acordas, ou pelo menos pensas que sim, e parece que tudo aquilo é real. hoje aconteceu-me isso e fiquei deprimido, mas mesmo, não por ter acontecido, porque até acho piada ao fenómeno, mas pelo conteúdo em si, que acho que nem merece a pena ser divulgado de já tão banal que é na minha vida. não conseguia sequer perceber se de facto aquilo havia acontecido ou eu estava a alucinar.

de tudo isso recordo-me apenas de acordar meio à nora, meio triste, meio feliz. mas a desilusão maior é quando te apercebes que nada daquilo passou do subconsciente a querer saltar cá para fora, e que a vida continua igual, à forma de como adormeceste.

já não é a primeira vez que isto acontece, da mesma forma, com o mesmo assunto a abordar, tudo igual, até mesmo o sentimento, esse por mais que queira, não muda. pena a minha que tenho a certeza que é isso que falta.

miguel

terça-feira, 27 de outubro de 2009

sentes?

inevitavelmente em tempos que não há grande distracção para alem daquela que proporciono, o espaço para divagar e fazer coisas que por vezes, em tempos ditos normais não fazemos, é coisa que não vai faltando. estava mesmo agora a tentar passar o tempo no computador a ver qualquer coisa que me interessasse, nada, na televisão nem vale a pena falar, peguei de novo na minha bíblia privada, "um outro amor", o autor esse é escusado ser apresentado. apesar das leituras imensas que já dei naquilo, hoje foi mais uma, e se de facto há uma discrição aceitável para aquilo que pode ser uma fonte de inspiração, um refugio, um bem maior, é mesmo isso, é leres, veres, ouvires, e veres-te a ti próprio, sentires-te a ti próprio.

surge isto, quando lia mais uma crónica do pacman, intitulada de "dor de corno" - desfaço desde já a ideia que possa ser o meu caso - mas passo a escrever o seguinte excerto: "Só não sente, quem não se sente. (...) Não poderia concordar mais com isto. Não sendo o tema em questão o "clássico dor-de-corno", ou seja, o amor não correspondido, ou desfeito pela outra parte que não a do autor, (...) O que nos bate mais nesse tipo de temas é a separação, e daí ninguém sai ileso."

isto é perfeitamente perfeito, é bom, e reconfortante sabendo que alguém que tanto se admira, pensa da maneira mais idêntica a nós.

já tinha decidido hoje nem sequer escrever, porque não havia assunto relevante que me levasse a isso, mas depois de ler isto, que secalhar, e certamente para grande parte das pessoas não é mais que nada, isto significa muito, porque a pessoa que nunca tenha sofrido por causa de uma separação, essa pessoa que atire a primeira pedra e eu chamo-lhe de mentiroso.

espero que possa, dar um dia destes, um abraço forte a este homem. é o maior!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

idolos, q.b

sempre gostei imenso dos programas de televisão onde a música entra, sempre!

pelas coisas engraçadas que se ouvem por lá, boas vozes (e prometedoras, por vezes), mas sobretudo, por aqueles que pensam que, mas que não.

o programa que a sic exibe, já na sua terceira série, os "ídolos", são isso mesmo, um programa para tudo e todo o tipo de gostos. há os que sabem, os que não sabem, e os que pensam que sabem, e esses acabam por ser os mais engraçados por todo o espectáculo muitas vezes cómico que proporcionam.

nesta edição há uma participante que me é relativamente próxima, e com quem simpatizo, pela sua forma de ser e estar, é porreira a inês. foi aos castings, que apesar de serem exibidos agora, já lá vai umas semanas valentes, e agora pelos vistos, já vai nos 15 finalistas do programa.

no casting que apareceu na televisão, fez o que se pedia, mas muito bem esgalhado, honrou o ray charles até a mandarem calar.

mas a minha questão depois de ter visto aquilo e de saber que seguiu em frente, e bem em frente, no programa, perguntava-me, secalhar vai os "ídolos" subir à cabeça.

não fazendo a coisa por menos, hoje estive com a personagem em causa, e vi que continua exactamente igual, sem merdices que o pessoal tem a mania de ganhar quando "iupi, apareci na tv", continua a mesma. e é isso que se pede exactamente, assim sim, assim gostei.

apesar das rodinhas baixas e de vir do país das maravilhas, levantou a fasquia e de que maneira.

força inês. parabéns!

assim sim, vale a pena ter alguém conhecido na televisão.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

cabeças trocadas

com tanta coisa que por aqui poderia escrever, hoje decidi, partilhar convosco um texto que escrevi a meados de março, talvez. na altura, quem o leu dizia, isto está tão triste, e não estava, até agora, que percebi o porquê desses comentários.
eis então:

"Eu? Quem sou?

Bom, não sei, eu conheço uma pessoa que trago comigo mas não sei porque.

Não sei por que e que me calhou este ser.

Ninguém me soube ainda responder a isto, acho que ninguém sabe, provavelmente ninguém esta interessado em saber, pois, provavelmente iria ter medo de conhecer mais profundamente essa pessoa.

Porque e que ninguém sabe tudo o que quer saber?

Será que saber a origem de si mesmo, o porquê de tudo tem algum lado sinistro?

Sim, tem, de certeza, e é por isso que não nos lembramos de éramos ainda embriões, e de quando nascemos, e provavelmente de quando há muitos anos morremos.

Já percebi. Então serei eu, e tu, e todos nós, um boneco?

Não me expressei bem, uma personagem por assim dizer.

Uma personagem que neste momento estou a encarnar o papel de alguém.

Então e por isso que as vezes falhamos, que por vezes erramos, que por vezes choramos, e que nos apaixonamos.

Faz sentido, isso acontece quando não se está a representar como deveria ser.

Quando não temos o papel bem estudado.

Pronto, então posso dizer que ando a falhar no meu papel redondamente, por assim dizer. Alias bem como quase todo o elenco.

Falho, erro, choro, e apaixono-me. Secalhar nem gosto muito desta minha personagem.

Não posso opinar sobre o que quero ou não representar?

Vim parar a esta encenação para representar uma pessoa que nem sequer, provavelmente, se enquadra comigo.

Vejamos, represento alguém que não gosta de estudar, e no entanto, às vezes, até estuda, que não gosta de estar triste, e no entanto, volta e meia e está, que só quer ser feliz, e às vezes nem consegue.

Mas ainda assim, por vezes, consigo pegar nesta personagem e fazer dela alguém feliz, que sorri e fazendo-a sentir-se bem.

Não custa muito, mas a personagem que encarnei, por vezes, dificulta em muito a tarefa.

Será que algum dia vai haver outra personagem, como eu, que faço o mesmo que estou a fazer? O mesmo que estou a pensar? Ou será que já existe?

Talvez seja dai que surgem os amores e os desamores. Duas personagem idênticas, cujos interpretes, se completam.

Resumindo então, conclui-se que sou apenas mais uma personagem neste elenco vasto e complexo.

Mas ainda assim, tenho actos em que consigo ser a personagem principal, e é nesses actos que me sinto mais feliz."

seria engraçado se percebessem o porquê de aos olhos de muitas pessoas isto parecer triste, que para mim secalhar não era, alias, ou era, eu estava a tentar dizer algo a mim próprio, mas nem assim.

texto de março 2009

miguel


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

vamos ao trabalho

depois de procurar, procurar, e não conseguir encontrar nada, finalmente, anuncio em primeira mão e de forma oficial. arranjei um emprego. isto está complicadíssimo, de tal forma, que só me faltava andar a sublinhar anúncios dos classificados, não na parte de convívio, na outra.

sim, porque até em portais de emprego na net eu andava batido.

verdade se diga que, no meio de tanto azar até que tive sorte. corri um bocadinho de tudo, call center's, lojas de centros comerciais, produtoras audiovisuais, e por fim, kartodromos.

há cerca de um mês foi assim, call center, quando tiver 18 anos passe cá, lojas, nem vê-las, audiovisuais, blá blá blá, mas nada de concreto, por eles estaria a experiência durante milhões de dias, mas sempre a experiencia, para não ver verdinho nenhum, e nos karts era a tempo inteiro. fodido estava eu que não tinha nada para por ao bolso.

agora, situação um mês de pois a poucos dias de fazer 18 anos, call center, já posso, lojas, continua na mesma, de produtora idem aspas aspas, e os karts, sim senhor está aceite.

agora temos uma de duas situações, ou combinaram entre todos lixar-me a vida há um mês atrás, ou um deles, teve piedade de mim e quebrou a promessa. verdade seja dita que a mim não me chateia nada, sempre é alguma coisa que recebo, mas podia já estar a receber se não fossem brincalhões.

paciência eles gostam, o que vale é que pelo menos já perceberam, um deles, que estavam a perder um empregado exemplar, claro, e que não o poderiam desperdiçar.

já agora, a titulo de curiosidade, se me quiserem visitar, estarei pelos lados do campera, no kartódromo, aviso já, que não ofereço voltinhas a ninguém, só se pedirem muito muito, e mesmo assim, são 10,50 euros, 10 minutos.

entretanto, com os 18 anos a estalar, pode ser que arranje uns maços valentes num call center qualquer.

até lá, estou a espera do primeiro ordenado.


miguel

ps: marta, juro-te que tens direito ao que pediste, na altura certa. :)

o custar das coisas

numa altura em que a chuva já pára por aqui e já vai fazendo os seus estragos, a mim, parou-me e estragou-me, e de que maneira.

no dia que me ia levantar da cama para, enfim, não estar deitado o dia todo, nessa altura, abrir os olhos custava, respirar o mesmo, virar-me para o outro lado doía, estava mesmo difícil.

por aqui tudo normal, uma gripe normal e nada de pandemias. pior foi, levantar o rabo da cama para ir a casa de banho também custava, e quando isso acontece, qualquer coisa custa.

troquei uma conversa com a famosa linha "saúde 24" e a cena lá se resolveu. parecia sinceramente um autentico velhote, recostado e à espera de nada. enfim, hoje o tema não me sai muito fluente, provavelmente derivado à constipação anda me faz abananar uma beca, tenho um bloqueio de 2 kg em cima da cabeça. sei que tinha prometido escrever sobre qualquer coisa à marta, mas juro que não me lembro o que era. o bloqueio na escrita pode ser comparado tantas e tantas vezes a tantas e tantas coisas que acontecem todos os dias, por exemplo: estares parado no trânsito, cheio de pressa para chegares a algum lado e não andas, estás completamente bloqueado, porque não depende de ti andares ou não em frente, e também não te serve de nada stressar com isso, não te vais despachar mais depressa. é como diz o pac: "a escrita e o sexo, estão intimamente ligados" e é, pois um bloqueio numa destas situações é quase sempre derivado à caneta que não se levanta para começar a escrever.

o assunto podia ser qualquer um, até sobre um bloqueio e sobre a falta de inspiração.

miguel

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

o lado bom do egoísmo

não faz parte do meu feitio, de todo, ser egoísta, e/ou porventura, desejar o mal dos outros, nada disso, mas consegui há bem pouco tempo, identificar um lado menos mau de ser egoísta, que acabamos todos por ser um bocadinho. obvio é, que se não o formos, acabamos muito provavelmente sozinhos a enfardar pipocas a devorar filmes do manoel de oliveira, porque o perfeccionismo está longe de existir, por isso tens de ser egoísta ao ponto de procurar o melhor para ti, não interferindo na vida dos outros, claro está, o que às vezes, para certas pessoas pode ser complicado. no dia em que não precisares do egoísmo para nada, é porque não precisas de nada, logo, estás satisfeito com o que tens, logo não existes, pois não fazes a ponta de corno. apenas quem precisa de algo se mexe para o conseguir, se és perfeito ilustras a tua situação como alguém que está concretizado, e não precisas de mais nada na vida, és estático e consegues passar completamente despercebido à sociedade.

quando acima me refiro ao lado bom do egoísmo, pode ser apenas pela satisfação, ou melhor, reconforto, de não estares sozinho numa determinada situação. digo isto com base num texto escrito pela minha eliana, no seu cantinho online, se calhar isto não se faz, falar dos assuntos dos outros, mas aqui vai: sendo ela uma pessoa tão querida à minha personalidade, escreveu o seguinte: "Éramos tanto, tanto mesmo e ficámos reduzidos a cinzas que não valem nada. Foi uma amizade e um amor que se dissipou. Deste-me tanto e tiraste-me tudo tão depressa." . não é, obviamente um motivo de satisfação para mim, saber o porquê e o que lhe vai na alma, mas verdade seja dita que vi nas palavras dela exactamente o que as vezes penso, e não digo. "sabe bem" saber que partilhamos um sentimento mútuo, ainda que, triste, estúpido, e acima de tudo, por lixo tão podre e velho que vagueia neste mundo.

percebido? não é motivo de satisfação para mim, a desilusão de ninguém, mas que é reconfortante por não me sentir o único a olhar o céu, lá isso é.

chamem-lhe de egoísmo à vontade, eu sei que é, mas acima de tudo, é amizade, e da boa.

vão sendo um bocado egoístas q.b, não é mau de todo.


miguel


ps: adoro-te :)

domingo, 18 de outubro de 2009

o show da vida

hoje, perante um domingo banal, e chato, pois eu detesto os domingos, lá se passou mais uma daquelas tardes ansioliticas, sabendo que no dia seguinte já é segunda-feira. e nisto, a paragem foi por santa cruz, fiquei chateado mal lá cheguei, um dia a bater forte no sol e o mar calmo, nada típico daquela zona, e eu, de calças e t-shirt, nem sequer pude ir molhar os pés. porra, passei lá agosto todo e havia tardes em que até de gorro tinha de estar do frio que se fazia sentir.

enfim, valeu o almoço que até estava bacano. melhor veio depois, à sobremesa, se é que se pode chamar disso mesmo. ao estilo de "5 minutos de fama" eu sou capaz de ter tido 3 segundos, foi o tempo da rita andrade ter dito, o miguel, o rui e o diogo, divertiram-se muito na noite de santa cruz, ponto final, muda a rubrica.

mas foi giro, porque se aqui alguém quer fama não sou eu, e no dia que quiser, juro que vão ouvir falar de mim, nem que para isso seja preciso a maior estupidez do mundo, tipo candidatar-me a câmara municipal nas próximas autárquicas.

verdade, a bem dizer, é que não há de facto nada melhor do que exactamente isso, nada. nada de preocupações, nada de problemas, nada de chatices, nada de comboios suburbanos, nada de metro, nada de nada. apenas tu, e só tu, e se a companhia então ajudar, és capaz de fazer desse domingo, ou outro dia qualquer, um verdadeiro show, chama-lhe antes, uma verdadeira vida.

miguel

(abs)olutamente escusado

quando digo que sair na noite de lisboa não me desperta muito a atenção, não tem muito a ver com a noite em si, mas mais pelo que a envolve. graças ao meu historial glorioso no que toca às noites em lisboa, que grande parte das vezes a bem designada chungaria acaba por travar conhecimentos comigo de forma nada amigável, levou-me a ficar com uma má imagem daquilo que é lisboa à noite.

apesar destes últimos anos terem sido lá passados, a noite lá sempre foi algo que receei. mas pronto, como quem não arrisca não petisca, decidi arriscar e lá fui de novo. nada de novo, desta vez não me chatearam a cabeça com os típicos "tens horas que me digas?". confesso que nem estava com grande expectativa nesta noite, nada mesmo, começou-se a rega com uma imperial servida num copo que já era meio caminho andado prá bezana, e depois as filas e filas para entrar na discoteca, segundo eles, algo "absoluto". juro que fiquei um bocado desiludido com o ambiente, figuravam ali três tipos de pessoas, as crianças, as crianças que roubam, e os outros. prefiro incluir-me nos outros, sinceramente, porque, se já tenho idade para responder a tribunal também devo ter para entrar numa discoteca sem problemas, depois havia as crianças que roubam, esses obviamente só queriam o dinheiro das outras crianças para poderem ir até ao técnico cumprimentar as senhoras da noite. perguntei-me a mim mesmo o que e que fazia um carrão parado a entrada com três raparigas, que à distância pareciam umas bonitezas natas, mas ao aproximarem-se estragaram tudo, e se calhar nem passavam dos 15 anos. verdade seja dita que tanta produção valeu-lhes uma noite daquelas, a avaliar pelo ambiente dentro da discoteca e pelas figuras que elas proporcionavam. foi engraçado de se ver, as irmãs (muito) mais novas de alguém no estilo do roça-roça como expressei na altura, em cima da coluna com mais 5 ou 6 amigas. eu não queria dizer isto, mas juro que parecia muito mais que um estabelecimento de diversão nocturna, ou parecia outro tipo de diversão.

e os pais, no tal carrão, mal as meninas entraram, meteram-se a andar, e deixaram-nas por lá, o que vale e que cada uma delas arranjou um rapaz responsável e sério que tomasse conta delas, senão pior seria.

nisto tudo, lembrei-me vezes e vezes duma reportagem engraçada da tvi de há uns meses que falava disto mesmo.

no fim da noite, apesar disso tudo, que aliás nem me importou nada, mesmo nada, a noite valeu, para mim e para elas acho que também.

e melhor de tudo, ninguém roubou ninguém, vá lá...

miguel

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

certo e sabido

considero que nesta vida só há dois tipos de pessoas, tu e eu, pelo menos é assim que vejo grande parte desta gente deste mundo, onde metade desconfia da outra metade, e não há cá direitos nem privilégios, porque se és obrigado a fazer qualquer coisa que não gostas, reclama-se, mas se fazes aquilo que gostas há sempre qualquer coisa que não esta bem, ou os companheiros de trabalho, o ambiente entre as pessoas não é bom, whatever, há sempre merda, e não há abebias, esquece.

eu digo isto porque, sobre mim, ou seja, eu, sei o que se passa. hoje estava naquela de vir para casa e ouvi, "vou ter de bazar, tenho * namorad* a espera" e tu sabes quem és, é tranquilo, é o exemplo de tantos. eu continuei mas por dentro parei e pensei, eu não tenho ninguém à minha espera, é que nem a porra do comboio, que ainda vou ter de andar rápido para o apanhar, senão mete-se a andar sem dizer nada a ninguém, um bocado do que acontece ao longo da vida, mas enfim.

quando, por dentro, continuei, pensei, não tenho ninguém à espera mas pelo menos tenho-me a mim, e se não está, é porque provavelmente não vale mesmo a pena.

porque, e como diz o profeta carlos nobre, o grande pacman, e passo a citar: "às vezes custa estar sozinho, mas custa muito mais estar sozinho quando se está acompanhado".

lá está, certo e sabido, para vosso bem, por amor de Deus, aprendam esta cena rápido porque como vos digo, existo eu, e existes tu, eu sei que estou por cá, tu é que já não tenho a certeza, e cuidado com os "tus" que por ai andam, muitos deles são piores que o comboio, é que nem sequer são capazes de abrir as portas para poderes embarcar. é fodido, vais sozinho, mas feliz, pelo menos isso.

ps: quando isto te acontecer, lembra-te que escrevi este texto, e nesse dia, espero bem que tenhas alguém por perto, dá sempre jeito, parecendo que não...

ps 2: se não tiveres ninguém, avisa-me que eu tenho uns contactos bacanos.

miguel

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

coisas quentes

já lá vai algum tempo desde então. na altura, e vocês concordam, tudo era bem melhor, dormia-se muito, mas estava-se muito mais tempo com a pestana aberta, pelo menos era assim que parecia comigo, os dias chegavam a ter cerca de 48 horas que se juntavam às 24 seguintes.

o verão já lá vai é verdade, mas hoje senti que estava algures entre julho e agosto, no spot do costume, lá está.

há sempre alguém que insiste, mas que não resiste a um bom dia de praia, de sol, de calor. bem é qualquer coisa que não dá para substituir, só a beleza do sitio, a considerar as mulheres bonitas que por lá param, é um programa que se poderia repetir de janeiro a janeiro.

vá, hoje foi um desses dias, agora que o verão está por cá, e parece até ter simpatizado comigo, fui visita-lo de novo, sentir de novo, ver de novo.

hoje foi assim, amanhã já não, e provavelmente (de certeza) nos próximos meses também não o será.

assim foi, e terminou com uma cena que me levou a escrever isto.

eram cerca de 7 e tal da tarde, e estava um calor do cacete, e o sol a bater-se na linha do horizonte, estava-se mesmo a ir, para aonde é que eu já não sei. mas alguém, do outro lado do mundo estava prestes a dar de caras com ele. é um gajo bacano, é rapaz para iluminar este lado e o outro, tocar nas mais belas coisas do mundo, incluindo claro, a mulher.

ele regressa amanhã, sou capaz de vir com ele.

até lá,

miguel

terça-feira, 13 de outubro de 2009

lembra-te porra

hoje é difícil, mais que ontem, menos que amanha, espero eu.

não faço ponta de ideia do que hei de escrever, provavelmente por não me ocorrer nada, dado que passo o dia em casa como alto nerd.

mas sendo assim, aproveito para falar daquilo que me "diverte" nestes tempos gloriosos, cheios de audácia, estes, por aqui...

há pouco, dei por mim a viajar no meu imaginário da "expo '98". exposição mundial que ocorreu em lisboa de maio a setembro desse ano. e imaginário porque? porque eu, como provavelmente alguns de vós, já não se lembram ponta de corno daquilo. sabia que era uma cena em grande, e à maneira, mas lembro-me de pouca coisa. então o que fiz... pus-me a ver vídeos da expo no youtube, e encontrei umas coisinhas engraçadas, e arrepiantes acrescento. aquilo deve ter sido uma coisa muita porreira de se visitar, e acima de tudo, para não se esquecer, eu visitei até, mas enfim…

num spot publicitário que vi subordinado ao evento dizia-se "de 22 de maio, a 30 de setembro, todos os caminhos vão dar à expo '98". e deram de facto, para um número monstruoso de 11 milhões de visitantes, ou seja, é o mesmo que todas as pessoas de portugal naqueles meses tivessem todas ido à procura do mesmo, e mais, querem saber… na ultima noite, a partir da 20horas, entraram no recinto 250 mil pessoas. epá era uma quarta-feira, no dia seguinte ia tudo trabalhar, mas pronto…

e devem ter adorado, e eu não me lembro. é quase tão revoltante como ser estúpido.

mas enfim, com a ideia que fico é que, agora, onde se vê os jogos da selecção em ecrã gigante, onde se faz filas para ver os tokio hotel, onde a malta se perde de bêbeda, ai há uns belos anos, havia coisas bem mais interessantes para se fazer.

vejam lá, portugal no seu melhor nível, em 94, lisboa é escolhida para capital europeia da cultura, em 98, a expo, em 2001, é a vez do porto se virar para a cultura, o euro 2004, o rock in rio, podemos não fazer grande coisa, mas quando fazemos, se é para fazer, e para ser como deve ser.

ó pessoal patrão deste negócio de milhões, já estava era na altura de repetirem a graçinha, porque aqui no pessoal já anda a falhar a memória.

pode ser que nos vejamos por lá, na expo.

ah não, no parque das nações, é verdade.

até lá,

miguel

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

a experencia duma vida


quando muitos de vós já estão há várias semanas a queimar as pestanas, eu, ainda não as queimei, e duvido que as queime, mas apenas hoje começaram as aulas. é verdade, mas é merecido.

aliás nem digo aulas, essas já acabaram há muito tempo, agora ando a divertir-me com algo que me entretêm, curioso é que isso pode dar algum dinheirinho daqui a uns tempos. é curioso também o grupo de trabalho, alias a equipa, assim se chama no meio audiovisual, que já dois ou três têm idade para serem meus pais, continuo a ser a mais novo, enfim, faz parte...

bem, vamos lá então, a primeira chamada mais a sério desta recruta para a tropa de etic_ começou com uma aula de chacha, mas tão interessante que me levou a dedicar um escrito apenas a ela. falou-se sobre a experencia, a reflexão e acção.

brutal, adorei, mas foi uma seca, o patrão da nossa equipa é realizador de cinema português, mas dava bem para segurança de uma discoteca qualquer.

o ponto alto de tudo foi, falando na experencia, o poder que a imagem tem na nossa vida, e toda a mensagem que nos transmite. em jeito de brincadeira, ou não, veio à baila a campanha politica da manuela ferreira leite, a tal, "politica de verdade", quando um dos recrutados se vira e diz que a dona em questão lhe faz confusão porque e passo a citar: "não tem cor".

adorei, a partir de agora quando não gostar de alguém, pode ser por ser antipática, ou não ser simpática, questão também abordada entre nós, ou então pura e simplesmente, porque não tem cor.

onde é que anda a imaginação de mão dada com alguma parvoíce à mistura? algures na rua d. luís, na zona do cais do sodré em lisboa. mas, e pelo que se diz por aí, é assim que se fazem bons técnicos, autênticos alucinados.

aquela conversa de três horas foi espectacular, uma palavra alimentava um assunto inteiro, falou-se de invisuais, da manuela ferreira leite, da palavra giro, que segundo o comandante, quer apenas significar, o atenuar de uma opinião negativa. "gostaste?" , "ah, foi giro até." esquece não gostou.

depois disto, olha lá uma segunda vez para o cartaz da campanha, tem cor? olha que secalhar... o gajo até tem uma razão.

foi o inicio de uma recruta de nove meses, com um armamento de última geração, e militares prontos para o que der e vier, promete sim...

espero que venham muitas mais experencias destas na vida.

experencias? não... experiências, se me permitem.

venha lá isso então, vai começar o espectáculo.

até lá,

miguel

domingo, 11 de outubro de 2009

adivinha_quem_voltou

adivinha_quem_voltou, sem nunca ter partido, é o nome deste canto que agora tens o prazer de visitar.
há alguns tempos, tal coisa de criar blog's, pegou moda, desapareceu, e agora estou aqui eu, em nome próprio, deixando projectos prometedores de uma conta bancária recheada, como o lamaclube, ou o hóqueialenquer.
bom, já chega disso, sejam bem-vindos a este meu espaço, que a partir do momento que aqui entraste, também é partilhado contigo, e, com todo gosto, acrescento.
por aqui, vão surgir, das mais variadas histórias de embalar, um diário de bordo, à espera para ser descoberto.
quem sabe, se ao acompanhar esta minha novela da vida real, não ganho a admiração de alguém!? duvido muito, mas se isso acontecer avisa-me, terei todo o gosto em conhecer essa pessoa.
enquanto me for permitido, irei publicar por aqui algo que acho que merece a pena ser partilhado, sempre, mas sempre, em letra minúscula, e no dia que aqui leres algo, com maiúsculas, atenção, algo se passa.
a todos os interessados, irei dar a conhecer um pouco de mim, do que faço e com quem faço, espero que daqui em diante, possamos ser bons amigos.
sem mais por agora a acrescentar, a apresentação está feita, daqui para a frente, até mais logo.
até lá, faz o favor de sorrir, e ser feliz.

miguel