domingo, 29 de novembro de 2009

rotulagem permanente


nada normal de mim, nestes últimos dias, deparar-me com tal estado de espírito, e muito menos vir para aqui falar dele às 2.30 da manhã.
se há coisa boa nisto dos blog's é que cada um escreve o que quer, durante tempo indeterminado, num sem fim de linhas, dá de facto para desabafar e falar de nada para alguns, mas que para mim ainda é qualquer coisa.
pior do que estar-se mal, é estar mal, por estar sempre mal. a revolta de não ficar bem, de não conseguir, apesar de fazer de tudo para que isso aconteça. uma antecede a outra, que por sua vez alimenta a próxima. é como que uma bola de neve gigante, que fica maior consoante o tempo passa.
estar mal, por ser algo que te puseram na descrição pessoal, daquilo que será a tua maior característica nesta vida.
já chega, estou um bocado farto de estar assim. estou farto de que haja uma constante oscilação de emoções. ora está tudo bem, ora tudo mal. e pior é quando está mal, e temos de vestir a capinha e fingir que está tudo mais que maravilhoso. porque senão já passamos por estúpidos que só pensam em MERDA (agora sim, a primeira vez que escrevo em maiúsculas, isto está mesmo MAU). estou cansado que uma merda destas, não me deixe sossegado. porque lá está, se fores o herói, recebes os parabéns, se fores o mau, tens um rotulo permanente de vilão. e o mesmo se passa com os sentimentos, os bons, vivemos e por mais felizes que estejamos, se vier um mau, é capaz de deitar por terra tudo de bom que naquele momento sentias, já o contrário, pelo menos comigo nunca aconteceu.
é isto, é rotulagem permanente, pelo menos de tudo o que não queremos sentir, esses permanecem até nunca mais.

miguel

terça-feira, 24 de novembro de 2009

ponto. parágrafo


acho que é desta, acho que é agora que isto muda. sinto-o, com tanta ajuda que tenho tido de todas as pessoas que têm estado comigo. ou então provavelmente nem vai mudar sequer e estou apenas a transmitir um desejo, profundo, acrescento.
depois de ter passado a usar o computador portátil, passou-se uns tempos que nunca mais liguei o computador antigo. por duas razões, por ser mesmo antigo e demorar numa média 10 minutos até que seja possivel o rato mexer, e outra, porque, por ser antigo, também lá tem muita merda que não interessa. não figurando a palavra, porque é de facto merda, recordações e coisas assim. mas também lá havia coisas que queria, vá ganhei coragem para esperar que aquela reliquia se aprontasse e preparei-me para ver o que não queria. e vi, algumas, outras achei que nem valia a pena, só mesmo formatando e puf, assim foi-se tudo.
já não custa, pelo menos não tanto...
para além disso também encontrei coisas giras, mesmo antigas, fotografias de 7º ano, aquando da felicidade extrema. porra que tempos mais espantosos. tanta coisa se passou, e tanta que mudou.
fiquei feliz, ainda pra mais, olhando para os intervenientes e saber que ainda os tenho a todos, ou praticamente todos comigo.
agora, e como se diz na gíria, ponto final. parágrafo.
ainda assim prefiro fazer um ponto final, e virar umas duas ou três folhas mais a frente, assim não há cá confusão.




miguel

domingo, 22 de novembro de 2009

a doninha está aqui

é um vidramento completo que tenho por estes homens. transmitiram-me muitos dos ideais que detenho hoje em dia, uma forma de vida, outra de pensar. não é fanatismo, é uma admiração imensa.
desde o primeiro concerto que tive o prazer de presenciar em 2005 na festa do avante, seguiram-se mais uns quantos, e é fruta que não farta. acompanharam-me nos melhores e nos piores momentos, têm sempre qualquer coisa a dizer. é uma página de história na minha vida, onde eu estou bem se tu estiveres, em que o objectivo é sem duvida, "tar" na boa. e desde então, a minha rendição a estes senhores tem sido cada vez mais, horas e horas de música deles que já entraram cá dentro e que nunca saíram, talvez daí tenha decorado grande parte das letras. infelizmente desliguei-me um pouco de tudo que era importante na minha vida, incluindo-os a eles, mas nunca os esquecendo, atenção(!) . mas alguém que me devolveu há tão pouco tempo tanta coisa boa na vida, na minha vida, trouxe-me de novo o bichinho de os voltar a ter comigo, como sempre estiveram.
aliás trouxe-me tanta coisa de novo que vá.
enfim, verdade é que a doninha está aqui, pró que der e vier... como sempre!

miguel

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

indescritível

é quando menos esperamos que as coisas realmente acontecem. e digo realmente porque a palavra submete para algo que sim, é real e autêntico.
quando se junta o bom, ao ainda melhor, o resultado só pode ser mesmo qualquer coisa de diferente, único, especial, forte, sincero, inigualável. algo como tu. voltar a sorrir, voltar a... pronto, nem sei.
foi muito provavelmente a melhor prenda que poderia ter recebido há duas ou três semanas atrás.
a verdade é que tenho andado um pouco desleixado com isto aqui, desviaram-me as atenções, e ainda bem.
mas também não me vou alongar muito mais, porque para além de não haver grande coisa a dizer, mas sim para sentir, o que existe não é preciso ser do "povo".
e é assim, é um breve momento, que passa a ser infinito, é ter a certeza de um sentimento em correspondência.
é não ter a certeza de nada, nem daquilo que sinto, mas estar completamente decidido, de que, seja lá o que for, é tão bom.
havemos de concretizar os nossos sonhos, sim, até porque não me importa de onde vens, desde que venhas até mim.


agradecer-te é pouco,
adorar-te ainda mais.


F. <3
miguel

domingo, 15 de novembro de 2009

playing love

é um facto que ultimamente tenho falado de outras coisas que fogem, e bem, ao que habitualmente escrevia. coisas chatas do passado, cabras, ainda não me saíram da cabeça. mas, porém, estou a fazer progressos, já que ocupo a cabeça com coisas bem mais interessantes, e muito mais tudo o que seja bonito neste mundo. é verdade também que muito se deve a "algo" que surgiu recentemente e que me fez ver as coisas de uma outra forma, de uma forma mais... " <3 . "
mas pronto, nestas coisas prefiro não me alongar muito, porque há coisas que ficam entre quem têm de ficar e ponto final.
vira a folha e continua a escrever.
se tenho mudado o tema da conversa é porque certamente me deu para outras coisas, e uma delas, uma coisa que eu venero, desde "os moto- ratos de marte", que é um cinema, daí eu estar a estuda-lo, faz sentido de facto faz. e lembrei-me há pouco tempo de um filme que o ano passado tive a oportunidade de ver, e que infelizmente, muito devido provavelmente à fraca cultura do povo português neste aspecto, não encontro o filme em lado algum, internet, videoclubes, e ninguém, ou quase ninguém ouviu falar nele: "The Legend Of 1900", ou "A Lenda de 1900" seja como for.
é capaz de ser provavelmente, pelo menos para mim que já devorei montes deles, um dos melhores filmes dos últimos tempos.
não vou contar a história porque para além de perder a piada toda se o virem um dia, dá muito trabalho conta-la, e por isso, deixo aqui o trailer do filme, que, e conselho de amigo, vale mesmo a pena verem.



miguel

sábado, 14 de novembro de 2009

after the love

hoje queria, particularmente, falar de qualquer coisa que acho que valia mesmo a pena ser falado. mas por uma questão de não sei bem qual, não vou falar. e como não falo disso, deixo o titulo, relacionado com esse assunto e passo para outro mais a frente.
há uns dias deparei-me um vídeo muito interessante na internet. um concerto dos black eyed peas em chicago numa surpresa realizada pelo grupo à apresentadora Oprah, que, em conjunto com a t-mobile formaram uma plateia que realizou o maior flash mob do mundo.
e é engraçado porque dá arrepios na espinha ver o que faz uma música, um ritmo que leva milhares e milhares de pessoas, neste caso, 20 mil, a sentirem a mesma cena. quer seja alegria, êxtase, loucura, o que quer que seja.
e por agora não me vou alongar mais porque para não por a pata na poça mais vale estar calado.

fica o vídeo:



ps: espero que pelo menos uma pessoa entenda este título, de qualquer das formas... <3

miguel

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

2012 até ao infinito


hoje é daqueles dias que me apetece falar de tanta coisa relacionada comigo e com o que sinto e não sinto que decidi falar sobre um assunto que nada vem a ver, o esperado e anunciado (arrufos): "fim do mundo" . pois parece que sim, e já não falta mesmo quase nada, tendo em conta que estamos a falar do ano de 2012. segundo consta nos mais sagrados escritos o planeta vai dar cabo de si a 21 de dezembro. mesmo antes do natal, nem um peru, nem meias penduradas, nem pais natal a descerem pela chaminé. nada, mesmo nada daquilo que estamos habituados. chega a dia 21 e puuf, si foi gentxi ... mas sinceramente não me apetece falar disso, até porque nem vale a pena, daqui a quatro anos já não interessa.
falo de 2012 sim, mas do filme, que estreou hoje nas salas portuguesas. estou em pulgas para o ver, se bem que eu odeio filmes de temas sobre os quais não acredito, e onde acontecem coisas impossíveis, (pelo menos antes de 2012), mas esta película deve estar qualquer coisa. a começar pelos antecedentes de Roland Emmerich, realizador, que insiste em destruir o mundo, ele gosta é disso, dar cabo disto tudo, falo de "Day After Tomorrow" e de "Independence Day" e agora, "2012". mais simples e directo não se pode ser, é inevitável, este senhor gosta é de ver ondas gigantes a entrarem por nova iorque, e de ver o Cristo redentor a cair que nem boneco.
não sei se pelo argumento e pela história em si vale a pena, porque estas coisas do fim do mundo, à semelhança da desgraça que também deveria ter havido em 2000, já tiveram melhores dias, mas pelo menos pelo trabalho de efeitos especiais vale a pena... e claro, um filme é sempre um filme.
e anda portugal a candidatar-se ao mundial de 2018, pra quê madaíl, pra quê???


aproveito para vos deixar aqui o trailer, à vontade :)




miguel

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

mata a saudade



em linguagem corrente, quando se faz anos, diz-se que se vai dar uma festa, um jantar, uma saída, whatever, não importa, eu digo o mesmo. poderiam estar à espera que eu fosse contra aquilo que é habito, mas não, afinal não passo de uma de tantas pessoas. mas cá para mim, e que ainda há bem pouco tempo festejei qualquer coisa, prefiro pensar que estes encontros são não mais que um reencontro.
se bem se lembram, no texto anterior refiro que fazer anos não é um prato que me agrade, e vai ser cada vez menos, mas pelo menos é um óptimo pretexto para juntar o pessoal que nem sempre se vê, sempre que se quer.
eu sou mesmo muito sincero, a vontade de festejar, o que era para festejar, não era nada grande, mas estava feliz por poder voltar a juntar pessoal que, neste caso, só vejo de ano a ano, durante um mês e tal, nas férias.
valeu por isso, pelo convívio e pelos atrufios do costume, há emenda para muita coisa, para estas coisas ainda não há, e espero que não haja nunca.
não gosto mesmo de grandes festejos, (quando são meus, os dos outros sim, já vale a pena) e por isso prefiro assim, e acho que é de muito mais valor.
e, inevitavelmente claro, que seja dito, mata a saudade dos tempos que já lá vão. venham mais, se faz favor.
à maneira de como diz o diogo, "e cá estamos, e que pró ano, estejamos cá outra vez."
subscrevo por inteiro...

ps: filipa, mais um texto para tu leres, eu sei que secalhar até gostas :) *

miguel

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

um pouco de nada

eu insisto em dizer que isto não deveria de ser assim. datas tais como o natal, e os anos não deveria de ser um motivo de festança. aliás, de festança sim, porque é sempre um motivo para beber uns copos, mas não pelos bons motivos por duas distintas razões que acabam por ir dar ao mesmo. o natal é uma simples época de consumismo e cinismo, a maior ridicularidade alguma vez inventada pela igreja e seguida por qualquer pessoa, até por mim. o natal é quando um homem quiser, exactamente, também se é cínico sempre que se deseja, daí o provérbio. o maior movimento de marketing e publicidade que, durante 365, se destaca em um mês de um autêntico bombardeamento de incentivos e merdinhas do género. o pai natal fica com os louros, nós é que gastamos o dinheiro.
em relação à data de aniversário, essa sim, é outra máxima que me ultrapassa. festejar mais um passo perto da cova. é que nem isso é. não é complicado de todo perceber que não é a partir daquele exacto dia que damos um passo em frente, mas sim ao longo de tempos e tempos. não é um dia do outro mundo, porque, como se sabe, e refiro, como li em "um outro amor", e assim se lê: "(...) amanhã vou ter de comprar pão de novo (...)" e é isso, nada muda por alguém passar a escrever um número a mais nos inquéritos, onde pergunta a idade.
isto vem a propósito da ocasião e no timing certo, hoje passo a contribuir para a maioridade. e sinceramente, de há umas horas atrás para agora, não notei grande diferença, mais mensagens no telemóvel e feliz por cá estar mais um ano. se é para festejar, ao menos que seja isso.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

bruxos e bruxinhos



«Yo no creo en brujas. Pero que las hay, las hay». e será que "las hay" mesmo? esta coisa dos bruxedos e feitiçaria sempre foi um ramo que me intrigou. por duas razões, o como e o porquê. já que este assunto tem vindo à baila ultimamente, é curioso de tantas teorias e conspirações que vão à volta do bruxinho que fez a poção mágica e tchan, cristiano ronaldo não joga mais.
mas será isto o quê? eu não digo que acredito ou não, apenas respeito o que desconheço, mas creio em qualquer coisa deste tipo, há gente pra tudo, e quando a vida corrente não chega lá chateiam meia dúzia de santos e a cena dá-se. agora, a propósito do cr9, verdade a bem dizer é que o homem está no estaleiro e nem parece que volte tão depressa.
se isto não passar de uma peta daquelas bacanas, chamo estúpidos a todos os que estão envolvidos, neste caso, ao bruxo, e a quem lhe deu credibilidade, tal como eu, se for verdade, mais estúpido chamo, porque não faz sentido nenhum, um abracadabra desgraçar o homem.
não por aquilo que ele faz de extraordinário na selecção porque não faz, mas vai fazendo qualquer coisa.
acredito em qualquer coisa superior e não num bem feitor, senão tudo era bem mais bonito e não havia destas coisas.
agora o cristiano desgraçado, com bruxos ou sem eles, a verdade, é que está mesmo de gesso.
e enquanto isso o bruxo lá vai ganhando fama.
cá pra mim isto não passa duma grande cena montada, o bruxo oferece-se para cortar o "feitiço" por uns milhões esgalhados e o homem lá vai e pronto.
devaneios...

domingo, 1 de novembro de 2009

linhas e desalinhas

sem opção minha, nestes últimos anos tenho sido um frequentador completamente assíduo dos transportes públicos, neste caso particular, o comboio. é bonito sim senhor mas até certo ponto, desde que se ande mais de duas vezes por semana, já perde o interesse todo, tendo em conta que no mínimo faço 10 viagens num dia, tenho mais que razões para assim que entro, ou fecho os olhos, ou espreito pela janela, que lá dentro nada se passa.

mais uma dessas vezes, desta vez, na linha de cascais, estava mesmo quase a desligar e a entrar no mundo da "snake" do grande 3310, quando assim pelo recanto do olho vejo uma rapariga a rir-se sozinha. estupidamente e de forma curiosa percebi o porque de ela se estar a rir, e ri-me da situação também. engraçada a situação que vi, uma velhota a dar uma conversa enorme a uma rapariga, e a outra rapariga, a que está em questão a rir-se de tudo, porque, verdade seja dita, a conversa da senhora era um fartote de rir.

eu juro que me tentei controlar e desviar o olhar para o lado de fora do comboio, mas numa dessas vezes a linha de visão, totalmente inocentemente, minha, e da miúda que se estava a rir, cruzaram-se. eu fiz de conta que nada foi e disfarcei, mas ela continuava a olhar. foi giro, correspondi porque daqueles olhos e dela, que verdade seja dita, era uma rapariga linda, nada do outro mundo, mesmo como eu gosto. tinha um olhar tão querido e doce que quando dei por mim já não estava a disfarçar pela situação da velhota que já tinha ido embora, mas sim para não dar uma de interessado.

cheguei a estação de destino, e com medo que ela se levantasse primeiro, levantei-me eu, para não pensar que a estava a seguir.

coincidência ou não, verdade é que em muito tempo, voltei a sentir um olhar bonito e sincero daquilo que me transmitia, um sorriso, neste caso.

eu já disse varias vezes que tenho pena de não andar naquela linha todos os dias, mas agora reforço esta teoria, mas com muita mais certeza.

depois desta situação, lembrei-me logo que seria uma cena gira para contar aqui, e aqui está.

é algo que não passa disto, porque obviamente, nunca mais a irei ver, pena minha. mas logo se vê isso... por agora, fica aqui isto, escrito sobre uma desconhecida, que provavelmente, vai-se lembrar de quando riu sozinha no comboio, perdão, de quando riu, acompanhada, no comboio.