quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

olha que que... fod*-se

começo a achar que é perseguição, os dias maus, e com a cabeça ocupada de merda, que têm sido uma coisa banal por agora, teimam em não desaparecer. e quando um dia falha a regra, é para estranhar, porque se não aconteceu ainda, é porque há-de acontecer qualquer coisa que me meta porcaria cá para dentro.
"vamos miguel, pensa em porcaria, só faz bem, perdes a fome e a vontade de comer" logo, para quem come pouco como eu, não gasto dinheiro, e de não comer, desapareço. adiante... hoje começava a estranhar, já tinha saído da escola, já estava a vir para casa e o dia até nem estava a fluir mal de todo. boa companhia no comboio, falar de nada de jeito, até que... bom, até que, à semelhança do que aconteceu há uns meses atrás, o comboio, não saiu do mesmo sitio, faltava saber o motivo, na altura havia ardido o comboio da frente, e desta vez?
pois bem, nem muito tempo passou: "senhores passageiros, devido a um atropelamento de um passageiro na linha, este comboio ficará parado até novas instruções" maravilha, eu cheio de fome, sono e vontade de ir para casa, e uma pessoa morta à minha frente. mas, não pega por ai, porque o comboio começou a andar algum tempo depois. o pior vem depois, quando finalmente passo junto ao sitio do atropelamento, abalroamento, esmagamento, seja lá o que aquilo foi, foi de facto algo muito mau de se ver, um bocado do sapato para um lado, o resto do corpo (ou parte dele) do outro. horrível, nojento, constrangedor, e mais um sem fim de adjectivos maus para descrever a cena.
naquele momento, perdi a fome, a vontade de comer, tudo, adormeci por dentro, e não me saiu de tal forma da cabeça aquela imagem, que estou agora aqui a falar dela.
é uma vida da merda de facto...

parem, escutem e olhem,
miguel

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